O que cá se escreve não é para ser levado a sério!!!!

domingo, 16 de março de 2014

Festival Literário da Madeira para: ILETRADOS INCORRUPTÍVEIS





Recordam-se da Feira do Livro realizada na PLACA CENTRAL??? era um momento de cultura para as massas. Havia debates, apresentações de livros, horas do conto, sessões de autografo e não havia ninguém que ao estar no centro da cidade, não se delicia-se por uns momentos a folhear livros. Até a D. Joaquina da Fajã das Ovelhas, não resistia e comprava um livro das Paulinas. Tinha-mos acesso a cultura de forma gratuita e livre. Um verdadeiro serviço público.

Até ao dia....
Que começaram a dar outros nomes e seguir outras orientações duvidosas, passou a ser chamada Festa do Livro e depois Festa da Cultura. Estas mudanças ao meu ver, desvirtuaram um pouco do conceito original e BOM.

E nós estamos no dia 15 de Março de 2014,e por mais que eu pesquise, só encontro uma informação sobre a 40º da Feira do Livro, no site do oficial do Turismo. A Câmara da Cagança ainda nem se pronunciou, sobre um dos momentos mais altos ao nível cultural, nenhuma informação no site oficial da CMF.

Entretanto surgiu um Editora na Madeira do seu nome NOVA DELPHI:

E o que eles pretendem é o seguinte:
Grandes planos para a Madeira nada relacionado com o off-shore, nem com "estranho" paraíso fiscal!credo cruzes!!!

Em 2010, a Nova Delphi organiza o primeiro Festival Literário da Madeira, vamos lá ver como correu...
Uma das pessoas responsáveis pela dinamização, Célia Pessegueiro, do PS,ao centro
 Até aqui tudo normal...
Até rebentar o escândalo, sobre Valentini, dono da Nova Delphi.


Houve outras edições deste Festival Literário da Madeira:
Cartaz do festival de 2011, um designer mediano e um painel interessante, mas sobretudo escritores nacionais

a segunda edição a mesma linha gráfica.


Na terceira edição deste festival, a coisa começou a ganhar outros contornos, internacionalizaram-se!

E as entidades que patrocinaram este evento, em 2013, da Nova Delphi, cujo o promotor, Valentini é acusado de fuga de 90 milhões de euros de fuga ao fisco e de lavagem de dinheiro (segundo o JORNAL PÚBLICO), aumentou:

Em 2014, este Festival Literário da Madeira, promete ser de arromba, algo ao mais alto nível cultural, só que é realizado, por um privado e não por entidades oficiais e continuamos sem saber de nada sobre a Feira do Livro, este festival anda a ofuscar tudo o que é "cultural" nesta terra.

Espero que seja só chegada e de partida de pensamentos...e não de lavagem de dinheiro...


O designer melhorou substancialmente e o cartaz é de luxo!!!

Grandes personagens a participar.




Até teve direito a um spot televisivo, muito bem realizado.

Terá um show case com a Adriana Calcanhoto a bordo de um navio. Dizem que será a elite da elite, a nata da nata. Tive com um convite na mão, mas disseram-me logo que o convite era intransmissível. Se houver alguém que lá vá, agradecia que me enviassem um relatório para o mail, bem detalhado do que se irá passar.

Mas é de estranhar as entidades que apoiam terem diminuído substancialmente de 2013 para 2014. E sendo este (penso eu) o cartaz mais caro da história do Festival Literário da Madeira. E a C_âmara Municipal do Funchal apoia igualmente.

A Nova Delphi, julgo que até a data tem cerca de 31 livros publicados, será que uma editora (alternativa) é assim tão rentável, para ter receita suficiente na realização de tão grandiosa iniciativa cultural???

Só para finalizar, aqui vai as pessoas que estão na organização:
Francesco Valentini o promotor do evento.
Podem consultar na página nº2.
Micaela Camacho- Organização

Vítor Sousa-Gestão de Autores
Andreia Criner- Gabinete de Imprensa

Célia Pessegueiro-Gabinete de Imprensa

Arcangela Savino- Gabinete de Imprensa Internacional

Entretanto Francesco Valentini processou o jornalista do PÚBLICO, mas a queixa foi arquivada.






Isto para avisar a Câmara Cagança, invés de apoiar iniciativas de privados, que se mexa a organizar a Feira do Livro e não se deixe ofuscar por estes festivais.




6 comentários:

Anónimo disse...

Por alguma razão, que não consigo lembrar agora, tinha a ideia de que pelo menos o Vítor Sousa, escriba de campanha da Mudança, era sócio da Nova Delhpi (!?). Mas admito que o italiano seja o único sócio da empresa, e que nenhuma das suas fraudes envolveu esta empresa.

No entanto, estranho o envolvimento de pessoas com elevados padrões éticos (hic!), como a Célia e o Vítor, com indivíduos que foram julgados por fraudes de 90 milhões. O que diria este par, se um advogado laranja representasse o senhor Valentini? :)

Placa Central disse...

isso de ser ético tem muito que se lhe diga...
Será que vale o benefício da dúvida?
Eu por exemplo não conheço todos os negócios dos meus amigos. Aliás sei que vão a Camacha carregar sacas de semilhas e não trazem guia de transporte!!!
E conhecer patrões e locais de trabalho tb é muito difícil, veja se o caso da Quinta do Lorde, os trabalhadores quando aceitaram o trabalho, nem sonhavam que havia uma acção em tribunal...Os colaboradores da editora não podem ser colados de maneira nenhuma ao patrão...

Anónimo disse...

Quando as pessoas decentes tomam conhecimento destes casos, demarcam-se deste tipo de indivíduos à 1ª oportunidade. Acho improvável que algumas destas pessoas não leiam o Público e que não tenham outras oportunidades profissionais.

BDSMasterPT disse...

Até a Cultura, senhores??? Mas será que já não há vacas sagradas nesta terra? Não há decência entre os cri... errrrr, entre certos e determinados senhores?
Bem relembra ali a Caríssima Placa Central, os bons velhos tempos da Feira do Livro, quando a relva era mais verde, chovia quando devia chover e fazia calor quando devia fazer calor, e havia mais tempo para tudo e todos. Na escola, os professores lembravam para passarmos por lá, e depois das aulas era raro o dia em que não dávamos um pulinho à Avenida Arriaga, para ver o que havia para ler. E à noite, tínhamos os programas especiais na RTP-Madeira, com a saudosa Maria Aurora, a fazer o balanço ao dia da Feira.
Até podia parecer um acontecimentozeco de província, com as suas barraquinhas simples, os expositores muito primários, as enciclopédias já desactualizadas e aquelas edições assim um bocadito esotéricas, para já não falar da Irmã Rosa Dias a flagelar as roliças e alvas nádegas das noviças com um molho de urtigas (ooooops!), mas era a nossa Feira do Livro e tínhamos orgulho nela.
E agora? Agora é o que se vê. Aquilo mais parece uma coisa de fachada, para servir sabe-se lá que interesses. Tudo muito pretensioso, tudo muito artificial, tudo muito plástico. Uma gamela para dar de comer a muitos gabirus, já se sabe...
Enfim, não podem ver nada quietinho e toca a estragar... É uma bandidagem, é o que é!
Tenho saudades da Feira do Livro à antiga... Ai se tenho.

Placa Central disse...

Vocês não me venham para aqui estragar o esquema. Agora que está em voga as bloguers publicarem livros dos seus blogs...
Espero que a Nova Delphi queira publicar o livro "PLACA CENTRAL"

Anónimo disse...

Noticia do DN nacional, 2008.
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1002815
economia

'Offshore' da Madeira usado em fraude e evasão fiscal em Itália

por LÍLIA BERNARDES, Funchal
18 fevereiro 2008

Em causa estão as actividades do empresário Giuseppe Spadaccini

A Itália está a investigar as firmas Bytols e Petillant, sediadas no offshore da Madeira, no âmbito do inquérito da Procuradoria da República de Pescara às actividades do grupo Aeroservices, de Giuseppe Spadaccini. Este empresário, presidente da Air Columbia, da Itali Airlines e da Sorem, empresa que gere a frota dos aviões Canadair da protecção civil italiana, é arguido num processo por alegada fuga ao fisco, evasão fiscal e lavagem de dinheiro, incluindo pagamento de luvas.

Enquanto decorre o inquérito judicial, Spadaccini - que chegou a ter contactos com o Governo português, através da Sorem, relativamente ao negócio dos meios aéreos de combate a incêndios - demitiu-se presidência da Sorem, sendo substituído no cargo por Ugo Calvosa, ex-vice-presidente da Itali Airlines, a companhia aérea do grupo Aeroservices.

No decorrer da colaboração entre Itália e Portugal foi apreendido pela Polícia Judiciária do Funchal (PJ) material documental e informático da Bytols, a firma sobre a qual recai a principal suspeita. As buscas no Funchal aconteceram após a operação policial em Itália realizada há cerca de dez dias, quando mais de cem agentes entraram em dezenas de sedes de empresas que se presume serem propriedade do empresário Giuseppe Spadaccini.

Segundo o jornal onlinePrimaDaNoi.it, o mais importante e prestigioso da região do Abruzzo, os resultados das investigações que levaram a apreensão de diversos dossiers, documentos fotocopiados, centenas de DVD e CD com dados e documentos, para além dos discos rígidos, são o primeiro passo para verificar se existem dados sobre uma actividade económica e financeira ilegal, com balanços falsos, fraude e evasão fiscal.

"Uma investigação começada há vários meses, que envolveu escutas telefónicas, buscas nos escritórios e na sede da Air Colombia, situada na área do aeroporto."

O objectivo das autoridades judiciais é recolher provas que permitam confirmar as ligações Roma/Milão/Madeira, onde as duas sociedades para a manutenção dos Canadair seriam uma espécie de "testas-de- -ferro" para Giuseppe Spadaccini, permitindo ao empresário dispor de fundos não incluídos nas suas declarações de impostos, e que poderiam ser usados para luvas, suborno, financiamentos ilícitos e branqueamento de capitais", disse Alessandro Biancardi, director do PrimaDa- Noi.it, em conversa telefónica com o DN em Roma.

Além de Giuseppe Spadaccini, na lista dos investigados está o seu técnico de contas, Giacomo Obletter, entre outros, e sobretudo o advogado Francesco Valentini que, segundo a acusação, teria sido o gestor de várias sociedades da indústria aeronáutica, mas que, na reali- dade, eram de propriedade de Spadacini. com MANUELA PAIXÃO, Roma